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Marta Suplicy: um ato falho

Depois de longo tempo sem saber da Marta Suplicy, reencontrei-a numa entrevista ao Pedro Venceslau do Estadão, desta segunda-feira (23/9). Ela criticou o projeto de redução da cota obrigatória de mulheres na lista de candidatos dos partidos e disse que esteve em Brasília numa campanha nesse sentido. Avistou-se com a autora da proposta, também mulher, a deputada federal Renata Abreu, presidente do Podemos. 

Marta avisou que está empenhada em evitar a vitória dos aliados do presidente Jair Bolsonaro na disputa pela Prefeitura de São Paulo e lamentou ter deixado o PT para ingressar no PMDB, atitude que, segundo ela, responde pela derrota dela na disputa pela Prefeitura em 2016. 

Cometeu um ato falho: deixou fora da pauta o feminicídio, assunto essencial e mais importante no presente para o tema histórico dela, a mulher. Vejam que em São Paulo, reduto político e estado natal da Marta, o número de casos de feminicídio subiu 76% este ano, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O ato falho mostrou que o principal problema na pauta da Marta não faz parte das preocupações dela. 

Matéria publicada na página A8 – Política. Estadão: Marta faz mea-culpa e resgata feminismo. 

Por Jackson Vasconcelos