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Que raios de eleição será a próxima?

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Apresentação1Comecei a me preparar para entender o quadro que poderemos ter em 2018, na campanha presidencial. Resolvi cumprir a norma inflexível de Dick Morris, que recomenda a quem queira fazer carreira na política a obrigação de “compreender que outros vieram antes, e que um estudo da história pode evitar muita dor de cabeça”. Fui ao passado e reencontrei nas minhas estantes a raridade “O Fenômeno Jânio Quadros”, obra de Viriato de Castro.

O livro é do tempo em que os políticos brasileiros caminhavam os primeiros passos para aquela que foi a  última eleição para Presidente da República, antes de os generais tomarem o poder.

Vejam o que escreveu Viriato na introdução:

“Jânio será, não temos mais dúvida, candidato à presidência, registrado por dois ou três pequenos partidos. Ninguém pode detê-lo, pois jamais foi possível opor um dique a um ciclone ou tentar desviar um furacão. Apenas a máquina partidária, com enormes e terríveis forças organizadas contra ele, poderá derrotá-lo. Contudo, quem já esqueceu que esse homem destruiu a poderosa máquina eleitoral de Adhemar de Barros, a mais azeitada e engraxada, que já tivemos no Estado de São Paulo? Quem poderá garantir que Jânio não repetirá, com êxito, os feitos anteriores, varrendo tudo o que se opuser à sua passagem?”.

De fato, Jânio venceu e o livro vale a pena ler sempre. É o relato de uma experiência altamente sucedida de marketing político, num tempo em que ninguém sabia exatamente o que era isso.

A bandeira do Jânio foi a da recuperação moral, política e administrativa de um Brasil atordoado com a velocidade do governo Juscelino que, por ter feito Brasília, foi acusado de permeável à corrupção. Jânio venceu com o símbolo de uma vassoura para varrer a “bandalheira”. Jânio renunciou em pouco tempo. Depois dele veio, por causa dele, a bandalheira política, o caos.

Adiante alguns anos, chegaram triunfantes os generais, para promover a recuperação moral, política e administrativa do Brasil.  Em seguida, o povo quis e teve, por quase nenhum tempo, Tancredo Neves. Levou José Sarney para o resto do tempo.

O primeiro presidente civil do Brasil, após os generais,  afundou o país no mesmo ambiente que, quase 30 anos antes, favoreceu a eleição do Jânio Quadros. Então, surgiu um novo Jânio no corpo do político Fernando Collor de Mello. Ele prometeu a recuperação moral, política e administrativa do Brasil. Entregou decepção.

Viemos em boa marcha até a reeleição da senhora Dilma Rousseff, que deixou o Brasil mergulhado no mesmo ambiente que em 1960, favoreceu a eleição de Jânio Quadros e em 1989, a de Fernando Collor de Mello.

Michel Temer, vice de Dilma Rousseff, tomou-lhe o lugar. Assumiu com a promessa de promover a recuperação moral, política e administrativa do Brasil. Certamente, não fará e a bandeira estará de volta na campanha de 2018, certamente, no discurso de todos os candidatos a presidente. Para saber quem será o eleito, basta observar de perto o jogo e identificar o candidato que tenha a imagem de autoridade moral para erguer a bandeira.

Se o eleito terá sucesso, saberemos quando conhecermos o peso que terá o marketing eleitoral na campanha. Caso seja dele o tom completo, podemos aguardar que na galeria dos eleitos pela imagem distorcida da realidade haverá mais um retrato.

Por Jackson Vasconcelos

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