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Mentira tem perna curta?

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Sugiro “Mentiras e os grandes mentirosos que as contam”, livro que tem como autor um time de 14 pesquisadores coordenados pelo Al Franken, mestre da sátira política americana. A obra, de 2004, confronta os profissionais da imprensa com as inverdades que constroem para participarem da vida política, tentando o papel de ator principal.

Eu deveria ter feito a sugestão de leitura no tempo das campanhas  eleitorais de 2018, porque elas foram a representação brasileira da obra. Mas, de certo modo continuam sendo, porque os governos eleitos ainda permanecem em campanha e a imprensa faz o mesmo.

O livro age parecido com o que se tenta fazer por aqui com a agência Lupa: checar as informações veiculadas pelos candidatos e mídia.

O livro tem lado político e a agência Lupa claudicou na campanha de 2018, porque adotou a mesma postura.

Já nas primeiras páginas, o livro é bom e engraçado. Ann Coulter, colunista famosa de diversos jornais importantes dos EUA, advogada, mereceu um capítulo do livro. O autor comenta um dos livros escritos pela Ann. Vamos lá:

“Para sustentar sua afirmação de que a grande mídia está nas mãos de esquerdistas, Coulter afirma que o chefe da sucursal da Newsweek em Washington, Evan Thomas, é filho de Norman Thomas, um candidato socialista à presidência em quatro ocasiões. Norman Thomas foi candidato socialista seis vezes… e não era pai de Evan Thomas”.

“Para ser justo com Coulter, esse tipo de pesquisa é difícil de fazer”. Al Franken, simplesmente, ligou para Evan Thomas, e transcreve o telefonema no livro:

– Evan, obrigado por atender à minha ligação.
– Tudo bem, Al. O que deseja?
– Norman Thomas foi seu pai?
– Não.
– Tem certeza?
– Sim.
– E como era o nome do seu pai?
– Evan Thomas. Eu sou Junior
– Ah! E seu pai, Evan Thomas, foi candidato à presidência?
– Não. Ele era editor.
– Tem certeza?
– Sim. Al, isso tem a ver com aquela coisa da Ann Coulter?
– Sim.
– Ouvi falar nisso. Há alguma coisa errada com ela?

É o não é assim, por aqui? A imprensa brasileira não confere, nem pergunta, simplesmente, afirma e quando pergunta, não considera as respostas, a não ser para apresentá-las ao distinto público como deboche.

O livro vale como instrumento de elaboração de estratégias de comunicação para campanhas. Em especial, o capítulo 15: A turma do ‘culpe primeiro o ex-presidente americano’, referindo-se ao 11 de setembro e ao ex-presidente Clinton. Não se culpe, nem se lamente, se no correr da leitura você lembrar do Jornal Nacional, e das imagens do William Bonner e da Ana Paula.

Boa leitura.

Por Jackson Vasconcelos

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