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Eta debatizinho ruim

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Ontem, houve o primeiro debate entre os candidatos à Presidência da República. O objetivo de um debate todos acreditam que seja ajudar o eleitor a decidir. O da Band, certamente, não conseguiu, a começar pela abertura.

Ricardo Boechat, moderador, informou que Lula também foi convidado, mas não compareceu impedido pela Justiça. Nada menos esclarecedor para o eleitor, porque Lula, legalmente, não pode ser candidato.

Os leitores do jornal METRO abriram o debate com uma pergunta, para a qual gostariam de ter uma resposta objetiva: “Se eleito, que primeira medida tomará para estimular a contratação de trabalhadores, como essa medida será implementada, a partir de quando e de onde virão os recursos para implementá-la”.

Álvaro Dias foi o primeiro a responder. Discorreu sobre o currículo pessoal. Nada mais adequado para o tema: emprego. Ele vestia azul, cor de fundo do ambiente, situação que deu ao candidato a imagem de um personagem em 3D. Lembrava Coringa, o vilão de Gotham City.

Em seguida, o Cabo Daciolo. “Glória! Glória a Deus!” disse ele para falar dos currículos de vida pública dos adversários. Já que o assunto era o desemprego…., nada melhor. Ele encerrou prometendo… “Eu vou te dar trabalho para honra e glória do Senhor Jesus”.

Depois das respostas, antes de avançar, Ricardo Boechat lembrou aos que faltavam responder, que os leitores do METRO pediram respostas objetivas. Adiantou pouco.

Foi um debate morno, como definiu a Folha de São Paulo. Em homenagem ao Cabo Daciolo e às relações dele com Jesus, lembro do que disse o Mestre sobre ser morno, frio ou quente, na carta à Igreja de Laodicéia (Apocalipse 3: 15 e 16): “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca”.

Seria o destino ideal para o debate de ontem.

Alckmin teve melhor desempenho. Jair Bolsonaro estava treinado para as perguntas, mas não para a imagem e, por isso, passou todo o tempo entediado, meio de saco-cheio com aquilo ali. Amarraram o cara de tal forma que ele perdeu o prazer. Marina Silva repetiu o figurino do debate de 2014. As falas também. O aborto foi o tema escolhido para ela, isso também, como ladainha.

Bem, ninguém ganhou e todos perderam. O eleitor, bem mais.

Um fato, contudo, precisa ser anotado como elemento de análise estratégica. Antes do boom das mídias sociais, os debates na TV tinham importância pelas manchetes dos jornais e telejornais do dia seguinte. E a imagem do candidato era o argumento único da qualidade do desempenho. Nesse quesito é sempre bom lembrar o case Kennedy versus Nixon, que cito no meu livro, “Que Raios de Eleição é Essa?”.

Na primeira eleição presidencial, a edição do debate da Globo, deu vantagens ao Collor na disputa com Lula.

As mídias sociais mudaram o rumo da prosa. Agora, as imagens ficam. O que é dito também. E as manchetes dos jornais e telejornais são notícias velhas.

Na íntegra:

Por Jackson Vasconcelos

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