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O liberal

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Você, eleitor no Rio de Janeiro, tem algum interesse, mesmo que pequeno, assim, pequenino, no que acontecerá nas eleições em Anápolis ou Santo Ângelo? Será que os eleitores de lá estarão preocupados com o Rio de Janeiro, onde réus disputam a prefeitura tendo vices que ninguém sabe exatamente quem são?  Onde Igreja e Estado se misturam para tomar o dinheiro do povo crédulo e não crédulo? 

Se você é eleitor em São Paulo, a eleição em Maringá, onde o prefeito Ulisses Maia lidera com mais de 40% das intenções de votos, interessa a você? 

Pois é, cara leitora, caro leitor, esteja você onde estiver, as contas dos candidatos de todos esses lugares e de outras mais de 5.500 cidades é você quem paga, porque o Congresso Nacional formado, na grande maioria, por candidatos profissionais e quase todos representando o pensamento não liberal, decidiu assim. Estou a falar do Fundo Eleitoral, que tem um título mais adequado de Fundo de Financiamento de Campanhas. 

Para este ano está previsto o valor de R$ 2 bilhões no Orçamento da União, onde também ficam as rubricas da saúde, educação, saneamento básico, segurança e outros gastos, estes sim do interesse de quem paga a conta. 

É ou não é para ficar com raiva da política? Entretanto, a culpa não é dela, mas dos que acreditam que o Estado é obrigado a bancar todas as atividades humanas sem se preocupar com o custo e o retorno. Quando alguém decidiu que é bom produtor de teatro e, na verdade, não é, o contribuinte paga a conta. Quando alguém acredita que a velhice acontece aos 60 anos e é um mérito merecedor de prêmios, o contribuinte paga-lhe as despesas. E isso só acontece na cabeça torta dos não liberais, que desconhecem o óbvio: o Estado produz o dinheiro, mas não cria riqueza e quando ele atrapalha quem cria, o dinheiro que produz perde valor no bolso de quem paga os impostos. Simples, não? Na compreensão dos liberais, sim, mas na mente confusa e, por vezes esperta dos não liberais, nunca. 

Fico mais irritado com a razão da existência desse Fundo de Financiamento das Campanhas. Na raiz está o mal comportamento dos candidatos, que fizeram o diabo com as doações das empresas para as campanhas e as empresas que se aproveitaram disso. Nesse ambiente houve de tudo, do tráfico de influência à cara de pau, até que a bomba estourou. 

Em vista disso, o legislador, ao mesmo tempo candidato, resolveu fugir do risco de ser incomodado e facilitou as coisas para si mesmo. O contribuinte, que antes pagava a conta via obras a preços absurdos  e serviços públicos de péssima qualidade, passou a pagar diretamente. Os gênios não liberais encurtaram o caminho. Criaram uma lei que tira do contribuinte, direto, na veia, o dinheiro para as campanhas.  

Outro dia, numa conversa por zoom, um colega me questionou: 

  • Você e eu somos profissionais de campanha e recebemos em pagamento o dinheiro do fundo eleitoral. Então, para com essa hipocrisia, substitua-a pelo conceito da devolução: o Estado está devolvendo a você uma parte do que você pagou. 
  • Verdade! Agora fiquei mais “P” ainda. 
  • Por quê? 
  • Quer coisa pior, amigo? Você saber que está sendo pago pelos seus serviços com o seu próprio dinheiro, que serve para pagar os concorrentes também. 

Insisto: só há uma saída e é repensar o Estado Brasileiro, para tirá-lo da lógica dos não liberais, uma idiotice que faz parecer o dinheiro do contribuinte inesgotável. Leiam a Revolta de Atlas. Vale a pena. A escritora, Ayn Rand faz, em forma de romance, a trajetória mais indicada para quem paga, paga, paga e é incomodado só para poder pagar, pagar, pagar, cada vez mais impostos ao Estado opulento, chato e irresponsável. 

*Artigo publicado no Boletim da Liberdade.

Por Jackson Vasconcelos

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